quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Exemplos para Quem ?

Um debate meio sério meio cômico no Facebook inspirou este texto na minha cabeça. Achei por bem estruturar e deixar registrado, portanto.
Um camarada perguntou sobre as atitudes, digamos, extremadas do Justin Bieber. Precisei de um pouco de google para saber do que se trata, mas achei:


Que beleza, escoltado pela polícia... Enfim, também soube que ele foi preso por tirar racha, mas não achei nenhuma foto útil para incluir aqui.
O assunto derivou para "exemplos". Um cara famoso assim, com milhões (literalmente) de fãs pelo mundo todo (literalmente de novo) deveria se comportar melhor, dizem. Afinal, esses fãs veem nele um exemplo a ser seguido e esse comportamento estúpido é negativo. Certo?

Ei, ei, ei: pópará
Aqui eu discordo totalmente. 
Para começo de conversa, porque diabos a molecada não imita o exemplo do pai trabalhor, hein? Continuando, Justin Bieber tem uma carreira de cantor (Bem... é o que os fãs dizem, mas não entremos nesse mérito). Ele não pediu para ser o pilar moral da sociedade dos anos 10. Ele não se apresenta como tal. Não faz discursos apaixonados sobre como as pessoas deveriam agir. Não merece, portanto, carregar esse peso.
Amy Winehouse também não.


Nem Chorão, Kurt Coubain, Janis Joplin, Elis Regina, Garrincha, James Hunt, Paul Walker, James Dean, Jimmy Hendrix e tantos outros. 
Citei ídolos culturais de áreas variadas. Não debato gosto ou nivelo as coisas entre eles ou entre eles e outros. Meu ponto é que não acho certo as pessoas se pautarem pelo comportamento de seus ídolos para decidirem como devem agir. E nem acho certo cobrar desses ídolos comportamento exemplar por serem ídolos. Deveriam agir certo apenas e tão somente por ser certo, oras.

Claro que há aqueles que optam por serem exemplos. Pedem para assim serem vistos. Aí, a coisa muda. Se o cara se apresenta como tal, aí deve ser cobrado com máxima carga. Certo, pastor?


Aqui neste grupo entram os líderes. Religiosos (Valdomiro, Soares, Edir, casal Hernandes, padres, bispos e cardeais pedófilos) e políticos (Sarneys, Maluf, Calheiros, Collor, Perrelas, mensaleiros em geral) estão neste grupo, pois pediram para aqui estar. Poderiam ser caixas de banco, mas quiserem ser referência moral. 
Pois que sejam. É destes que devemos cobrar.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Treinem mais !

Seu Kung Fu está bom?
Você está mais forte, mais ágil?
Já consegue dar salto mortal?! Bacana!




(fonte: 9gag.com)

Treinem mais!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Tortura Nunca Mais !

Alguns anos atrás, amigo leitor, eu estava indo de carro até um amigo. Não lembro exatamente o ano, mas era final de semana das semifinais do Campeonato Paulista e os quatro times grandes se enfrentavam. Não lembro exatamente quem contra quem, mas o que importa é que todos os quatro estavam envolvidos na disputa. 
No caminho de ida, passando pela avenida Ricardo Jafet, vi um vendedor de camisas dos times. Aproveitava a demanda, claro. Mas notei a curiosidade de não haver camisas do Santos naquele momento. Logo dei meu veredito:
- Time pequeno mesmo. Nem o ambulante se importa em vender essa camisa, já que ninguém compra mesmo.
Segui meu caminho até o compromisso. Na volta, um santista estava de carona comigo. Passei pelo mesmo local, onde o vendedor ainda estava postado, e continuava a não ter camisas do Santos. Meu amigo percebeu e comentou:
- Viu só ? Não tem camisa do Santos. Vendeu todas. Time grande é assim mesmo!

O leitor observa pelo meu relato (garanto ser verídico) que ambos, eu e meu colega, observamos o mesmo dado com a mesma precisão. Mas aplicamos nossas preferências para chegar a conclusões completamente divergentes sobre o ocorrido.
É isso que vemos hoje em dia em diversos assuntos. Reflexo do Fla-Flu político, nenhum dado é tratado com devido respeito nesse campo em particular. Ao contrário, é torturado até confessar a conclusão que o articulista deseja. Se no local X, antigamente administrado pelo partido A e que recentemente trocou pelo partido B, aumentaram as denúncias de corrupção. O fanboy do partido A lamentará a troca, dizendo que a corrupção aumentou e a quantidade de denúncias comprova isso, enquanto o fanboy do partido B dirá que agora sim os desvios estão sendo apurados e o aumento das denúncias comprova a conclusão.
Ambos podem estar certos ou errados simultaneamente. As conclusões do exemplo não são excludentes, nem complementares: pode haver uma onda de denúncias atípica, embora a corrupção total tenha se mantido estável. Apenas uma ideia, até porque não estou querendo fazer nenhum tipo de referência velada a ninguém.

Lamento que tantos se preocupem com seus pontos de vista e tão poucos com os fatos. Naquele dia, nem eu nem meu amigo perguntamos ao vendedor sobre as camisas do Santos. Jamais saberei.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O Imbecil do Dia

O imbecil do dia, amigo leitor, manifestou-se ontem, dia 23/01. Segue a origem da treta.
Segundo eu entendo de Ciência, novas espécies são descobertas, digamos, diariamente. Acho isso natural: o tema está em aberto, o planeta ainda tem muitas área selvagens, nada de mais até aí.
No entanto, os tais cientistas já decretaram que a espécie está ameaçada de extinção. Extinção? Extinção!
Mas esperem um pouco... Se a espécie era desconhecida, como diabos eles podem afirmar que existem poucos e, pior, que estão diminuindo para falar em extinção?!
É isso que me dá nos nervos com ambientalistas.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Empolguei

Amigo leitor, fui pego de surpresa. 
A Force India soltou a foto de divulgação da sua pintura para este ano:


Adorei a combinação de preto, verde e laranja. Fazia anos que não aparecia um carro tão bonito. E quando eu estava pensando isso, saiu a imagem da Williams:


Ainda mais bonita! Lembro um pouco uma Stewart de anos atrás (97 ?). São os dois carros mais bonitos dos últimos o quê, 10 anos? Talvez apenas aqueles Brawns, com branco e detalhes amarelos se aproxime disto.
Empolguei.
 

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Chega de Fla-Flu

Não, amigo leitor, o post não é sobre futebol. Veja o tag do mesmo. Mas se você chegou agora de Marte e acha que Fla-Flu é apenas uma referência a um dos maiores clássicos do futebol nacional, peço que deixe de ser um chato antiboleiro e entenda que a expressão se aplica a qualquer dicotomia radical de pensamentos. No caso, aplica-se à política. E, prometo, não falarei de corrupção.
A baixa qualidade do debate político gerou um clima de animosidade não apenas entre os partidos predominantes no Brasil, mas também entre seus eleitores. Primeiro, peço que o eleitor do PT que estiver lendo este post não seja raso a ponto de dizer que o PSDB não é a segunda força política no Brasil porque é e você sabe muito bem disso.
No entanto, essa predominância PT-PSDB nos últimos 5 pleitos presidenciais (ambos os partidos tomaram o 1o e 2o lugares em todas as 5 eleições) fez com que as baterias eleitorais de um se especializassem em atingir o outro. Não seria de todo ruim se algo mais houvesse além destas baterias. Meu post vem aqui lamentar que não haja.
Impressiono-me cada dia mais com a incapacidade de um dos lado em ver méritos no outro e reconhecer os acertos que por ventura tenham acontecido. Aconteceram sim, oras. Acho que o país melhorou nos últimos 20 anos em alguns aspectos e queria citar alguns, fruto do trabalho de ambos os lados.
Sim, leitor petista, foi o PSDB no governo FHC que estabilizou a moeda. Não bastava um plano econômico, era preciso um período longo sem a hiper inflação para a memória começar a apagar e se estabelecer novos padrões monetários efetivos. 
Sim, leitor petista, foi o PSDB quem trouxe de fato as privatizações, na medida em que nenhum estado no mundo é capaz de investir com a agilidade e eficácia da iniciativa privada. Tanto é verdade que agora o modelo é novamente utilizado em estradas e aeroportos. Rebatizar de concessão não muda os fatos.
Sim, leitor tucano, foi o PT quem conseguiu criar um colchão social contra a pobreza, e já não era sem tempo. 
Sim, leitor tucano, também foi em administração PTista que se criaram boas ideias em São Paulo como os CEUs e o Bilhete Único. Indiscutível que funcionam.
No entanto, nenhuma destas 5 medidas citadas, nem qualquer outra, funciona sozinha. Tudo que é feito neste mundo necessita de ajustes e manutenções. Continuidade, governança. Vale para todos os lados, claro. Mas não é o que acontece. 
Petistas e tucanos fazem questão, o tempo todo, de se matarem nas redes sociais por qualquer motivo. O mais recente foram os rolezinhos. Logo passa e surge outra arena, apenas para repetir a luta, sem vencedores e com um país vencido. Todos que me conhecem sabem que sou eleitor de direita, dos tucanos. Mas eu cansei desse Fla-Flu, acho que precisamos de algo mais elevado, evoluído, adulto.
O apelo é para ambos os lados.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Sobre Piscinas

Verão, Sol, calor. Vamos fazer uma paródia sobre piscinas?
Era uma vez uma grande clube. Enorme, majestoso, imponente, querido por todos. Tinha seus problemas de manutenção, claro. Mas falemos do conjunto aquático dele.
Era de uma grandeza sem igual. Contava com várias piscinas diferentes no mesmo conjunto. Ao frequentador, era possível trocar de uma para outra como e quando bem quisesse. No entanto, os sócios tinham um comportamento bastante peculiar quanto a isso. Pois vejamos.
A Piscina #1 era a mais lotada. Havia realmente muita gente na sua área. O pessoal da Piscina #1, ao contrário do que se possa imaginar, achava ótimo que ela fosse cheia, e continuava convidando os demais a irem para lá. Quanto mais cheia, mais felizes eles ficavam, genuinamente. Eles mostravam uma circular emitida pela direção do clube dizendo que apenas a Piscina #1 estava própria para o banho, mas a direção nunca foi encontrada para confirmar a veracidade dessa circular. Os usuários da Piscina #1 divergiam muito sobre como usá-la. Havia os que nadavam no comprimento, outros na largura, alguns boiavam e outros mergulhavam. Com essa diversidade, alguns deles se esbarravam vez por outra, e brigas aconteciam. Mas o que os chateava mesmo era a turma das outras piscinas. Na verdade, a maioria deles não entrava na água nunca, ficava apenas no deck, mas estava muito orgulhoso de estar ali e dizia aos quatro ventos que mergulhavam com frenquência.
A Piscina #2 também era muito cheia, quase tanto quanto a Piscina #1. Eles também tinham uma circular da direção do clube dizendo que apenas a Piscina #2 era própria e as demais não deveriam ser usadas. Novamente, a direção do clube não foi localizada para comentar o assunto. Diferentemente da Piscina #1, os usuários da Piscina #2 a usavam intensamente, mas de apenas dois modos: nadando no comprimento ou na largura. Os que faziam de um jeito não faziam do outro. Ocasionalmente, alguns banhistas se esbarravam por causa disso e o desentendimento era bastante sério entre eles.
A Piscina #3 era tão grande quanto as duas primeiras e praticamente vazia. Os banhistas da Piscina #3 apresentavam uma carteirinha de sócios remidos para poder entrar nela, e não permitiam que banhistas sem a tal carteirinha entrassem nela. A direção do clube, uma vez mais, não foi encontrada para confirmar a validade dessas carteirinhas e os usuários das demais piscinas debochavam dessa carteirinha. Os banhistas da Piscina #3 praticavam apenas nado sincronizado, o que faziam com muita coordenação. Frequentavam a piscina com assiduidade e eram muito raros os desentendimentos entre eles. No entanto, eles estavam sempre às turras com a turma da Piscina #2. Curiosamente, nenhuma das turmas queria entrar na outra piscina, queriam apenas brigar mesmo.
A Piscina #4 era diferente. Também era bastante frequentada, mas seus usuários tinham regras estranhas sobre isso: não era permitido mergulhar de cabeça, nem usar a piscina no verão. Essa turma era estranha: eles não se importavam muito se algum deles fosse nas outras piscinas vez por outra, desde que a regra do mergulho e a do verão fossem respeitadas. 
A Piscina #5 era a mais curiosa de todas. Era relativamente vazia, e todo tipo de uso era permitido. No entanto, eles faziam questão, não se sabe porque, de ficar no mesmo canto e sempre esbarravam uns nos outros, gerando todo tipo de atrito. Não adiantava sugerir que eles usassem outra parte da Piscina #5, pois cada um dizia ter o mesmo direito de estar ali, o que sem dúvida fazia sentido. Eles pareciam gostar desse incômodo. Vez por outra, usuários da Piscina #1 iam até a Piscina #5 apenas para fazer xixi nela. Isso causava desentendimentos de toda ordem e seriedade, mas a direção do clube nunca tomou providências sobre isso.
A Piscina #6 não tinha muita gente. O pessoal das Piscinas #1 a #5 achava aquela a pior de todas. Os banhistas das Piscinas #1 e #2 viviam agredindo a turma da Piscina #6. Na Piscina #6, era permitido qualquer tipo de uso: nadar no comprimento, na largura, por baixo da água, mergulhar, boiar ou que fosse. Quando dois banhistas se esbarravam por causa desse caos, alguns atritos verbais surgiram, mas raramente algo mais sério acontecia. Os banhistas da Piscina #6 ficavam o tempo todo convidando os usuários das outras piscinas para mudarem para a deles, com a condição de que ficassem apenas nela. Quando uma pessoa mudava, seus amigos da Piscina anterior passavam a ignorá-la ou até a ofendê-la por isso, em função daquelas circulares ou da carteirinha especial estarem sendo desrespeitadas. 

E aí, amigo, leitor? Entendeu o que é cada piscina?

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Rolezinho, Elevador e a Torcida Uniformizada

Ok, amigos, chegou a hora de tratar dos rolezinhos aqui. Como aconteceu nas manifestações de junho passado, optei por esperar um tempo antes de discorrer sobre o tema. Hoje caiu minha ficha e, embalado pelas dores do pós-operatório cirúrgico, falarei.
A primeira impressão que tive vem se confirmando. Não se trata de movimento social, mas de fenômeno. Por contraditório que pareça no primeiro momento, não é organizado. Certamente não tem pauta, não tem objetivo. Isso lhe tira a característica de movimento portanto. Alguém viu alguma faixa nos rolezinhos? Alguém ouviu alguma palavra de ordem? As manifestações de junho deixaram claro que um movimento não precisa de um líder para começar (embora precisem de um para continuar e por isso falharam miseravelmente após a redução das tarifas). O mesmo ocorre aqui, mas os jovens não estão pedindo por educação, moradia, transporte, saúde ou segurança. Não pedem direitos. Não pedem nada. Querem apenas estar ali. Neste ponto, então, inofensivo é o fenêmeno, certo?

Não podia ser mais errado. O fato de um grupo de pessoas querer apenas se reunir não significa que isso possa acontecer em qualquer lugar. Não se trata de restringir liberdade, é uma questão se segurança física. Se 40 pessoas querem usar um elevador, vão ter que fazer 5 turnos de 8, ou não vai dar certo. Nenhuma das 40 pessoas está errada, é criminosa ou merece menos direitos que os outros 39. Mas não pode entrar juntas no elevador. Fim.
O mesmo ocorre nos rolezinhos, oras. O shopping center, tanto quanto o elevador, tem uma capacidade. E os rolezinhos excedem esse número e, por isso, a coisa começa a dar errado.
Os rolezinhos sempre existiram, amigo leitor. Eu fiz parte dos meus quando adolescente. Fui a shoppings com meus 10 ou 15 amigos badernar. Sim, badernar. Andávamos de turminha, falando alto, fazendo barulho, gritando. Incomodávamos, e bastante. Nunca depredamos nada, pois isso poderia ficar sério. Íamos nos desfiles de moda praia no Mappin Itaim ver as modelos. Um dia, passamos da conta e a segurança do shopping interveio, conduzindo-nos para fora do estabelecimento. Nada de muito incrível, portanto.
O que vemos hoje é a mesma coisa, apenas em escala muito maior. Nos anos 80, marcar um rolezinho entre 15 amigos envolvia juntar todos no mesmo lugar, o que era impossível, ou ligar de um em um, o que era caro. Hoje, marca-se um evento na rede social, e milhares de pessoas acessam isso de modo rápido, fácil e barato. Quinze virou 6mil com a mudança do paradigma tecnológico.
Agora temos o fenômeno do elevador, ora pois. Cinco amigos querendo entrar juntos no elevador funciona, mas 40 não. Quinze amigos indo juntos ao shopping podem entrar, mas 6mil, não.
Pronto, fim, acabou. Certo? Errado de novo. 

Vamos agora para o estádio, completar o título do post. O estádio de futebol comporta milhares de torcedores. Dezenas de milhares, na verdade. Ocorre que um grupo se reune e decide ir até lá junto, unido. Decide criar cantos bonitos. Decide fazer faixas e bandeiras. Levar instrumentos. Digo com total pureza de coração: fica bonito sim. Eu quando esses sujeitos se reúnem em maior quantidade, digamos 10mil, e seguem para o estádio eles... entram, oras. O estádio comporta sim essa escala. Se um jogo onde se esperam 12mil torcedores de repente recebe 20mil, nada de mais acontece, pois o local dá conta de 40mil.
Aqui, então, uma diferença histórica: o torcedor uniformizado cabia no local onde ia, enquanto o rolezinho não cabe. 
Falada da diferença, falemos da semelhança. Em qualquer reunião de muita pessoas sempre teremos gente safada se aproveitando do volume de pessoas para roubar. Claro que são poucos, mas acontece, e sempre. Acontece de ter bandido em estádio, em shopping, em passeata e até em festa de formatura. Assim como existem os briguentos animais nas uniformizadas, existem os ladrões nos rolezinhos. É a mesma coisa agora.

Então, amigo leitor, proibir o rolezinho no shopping, diferentemente da torcida uniformizada, é uma necessidade de espaço físico. Não se trata de proibir o pobre, o negro ou o feio: o problema está no volume simultâneo de gente, só isso. Fosse um rolezinho de 6mil jovens ricos indo no Shopping Jardim Sul também daria errado. 
Alegações de que a proibição é apharteid, discriminação racial ou social são patéticas, tanto quanto a glamourarização do rolezinho. É uma ideia fraca que não tem como dar certo, apenas isso. Qualquer outra coisa dita será reflexo do Fla-Flu ridículo que se tornou o debate político no Brasil.


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Dias úteis

Estava eu outro dia ouvindo uma reportagem sobre as vendas de carros zero no Brasil em 2013. Depois de anos de alta, houve pequena queda no ano passado, coisa de 1,5%.
Segundo o entrevistado, da ANFAVEA, ainda foi um ano positivo. Alguns segmentos tiveram alta, outros, além da alta, foram o melhor da história e tals. O que me chamou a atenção foi a contagem de dias úteis. O entrevistado se mostrou preocupado sobre 2014 pois, embora haja poucos feriados, a Copa do Mundo deve diminuir sensivelmente a quantidade de dias úteis do ano, e isso afeta as vendas.
Foi aqui que eu estranhei. Esse tipo de comentário, em primeira análise minha, faria sentido para vendedores de bijuterias e coxinhas, mas não para carros. Carro não se compra por impulso, acho eu. Custa dezenas de milhares de reais, causa impacto permanente nas despesas mensais e anuais do comprador e altera o estilo de vida drasticamente.
Fui pesquisar minhas memórias. Meu primeiro carro foi zero, um Chevrolet Corsa. Fechei negócio durante a semana, mas há de se dizer que eu era estudante e tinha liberdade de horário para essas coisas lá em 1996. Troquei-o por um Daewoo Lanos, em negócio familiar resolvido por telefone. Não entra na conta, portanto. Depois dele, tive um Peugeot 206, seguido por meu atual Honda Civic: estes dois últimos comprados em sábados. 
Pesquisei mais e lembrei-me a amizade que tive/tenho com a vendedora do Civic. Priscila trabalha 3 de cada 4 finais de semana do mês, pois são dos dias de maior movimento. Diz ela que qualquer vendedor de carros com um mês de experiência sabe disso. O comentário dela bate com minha história.
Fiquei, então, surpreso com o comentário sobre dias úteis. Será que só eu (e a Priscila) pensamos assim?

domingo, 12 de janeiro de 2014

Papo rápido

Wandercléa e Ebgsmilton se encontram por acaso na rua. Ele repara que ela está mancando e inicia a conversa:
- Oi, Cléa.
- Oi, Ebs ! Tudo bom com você?
- Comigo sim, mas você... tá ruim da perna?
- Minino, você nem sabe o dia que eu estou tendo.
- Conta, oras.
- Começou logo cedo. Acordei com uma gastrura terrível. Sabe como é só de pensar que tava indo no dentista...
- E foi?
- Fui claro. Não ia perder a data. Tinha que distrair o dente do cisne. Tomei coragem e resolvi encarar de frente.
- Mas foi com anistia?
- Foi sim. Mas quando tava lá, me ligaram de casa avisando que a máquina de lavar quebrou de novo.
- Jura?
- Juro. Terceira vez que eu mando na insistência técnica e não arrumam direito. Daí eu sair com pressa de lá para ir no banco assustar o cheque. Safados mesmo.
- Safados. E você caiu da escada na correria?
- Não caí, mas era uma escada muito íngride e logo que eu cheguei na rua comecei a sentir as costas. Bem aqui, do lado da calúnia.
- Ah, deve ser o nervo asiático.
- Pensei a mesma coisa. Agora, por vida das dúvidas, melhor ir no doutorpedista, né ?
- É. Vai lá então. Melhoras.
- Brigada.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Lista Negra: EA Games

Sim: os criadores de Need for Speed e detentores de franquias como The Sims, Sim City e FIFA não entram na minha casa. Nem no meu console, notebook e celular. Nunca mais.
Tudo começou lá atrás, em Need for Speed: Underground. O jogo é excelente, diga-se. Marcou minha entrada no PS2. Mas já ali havia algo errado com o comportamento dos oponenteS. Simplificando o exemplo, pense em uma corrida de tomada de tempo. Eu ia lá e fazia o trecho em 58s. O adversário fazia 57s50. Eu tentava de novo e fazia 57s90, e o adversário a 57s52. Eu abaixava o tempo para 57s60, e lá estava ele em 57s48. Daí eu tinha meu momento mágico e conseguia 57s40 e justo desta vez o adversário conseguia 57s25. Curioso ele escolher meu melhor momento para ter o dele, não? E exatamente um pouco melhor que o meu... Não foi uma ou duas vezes, foram várias.
Eventualmente terminei o jogo, eu segui a vida até Bournout III. O maldito começou a manipular resultados com mais ímpeto aqui. Eram corridas onde você está em 2º, bate o carro, é ultrapassado por 3 caras e retorna em... 8º! Que palhaçada foi essa? Seguiu-se até eu ter uma evidência mais forte, no mesmo jogo. Uma das fases consistia em causar um acidente visando atingir um certo valor financeiro em danos totais. Uma dessas vezes, eu acertei por erro meu um carro logo no começo da fase, e fiz o acidente o final. Esse carro ficou totalmente separado do restante do incidente principal, portanto. Ao calcular os dados, o jogo passava cronologicamente pelos objetos atingidos. E eis que o valor total acumulado após computar esse carro era menor que o valor individual dele. Sim, Burnout III roubava na soma.
Ainda joguei outros da série Need for Speed (Undergound 2, Burnout, Hot Persuit) até perder a paciência com esse tipo de incidente.
Eu havia decidido não mais usar esses patetas, mas fui burro agudo ao comprar Shift 2. Durei uns 3 dias no jogo, que está encostado na minha prateleira. Em uma largada, estava passando um adversário por dento quando o carro resolveu, sozinho, escapar para o lado externo da curva, onde havia um adversário. Ao colidir, meu carro abriu ainda mais a curva, permitindo vários adversário me passarem por dentro. Reduzi a velocidade e voltei para dentro, onde ainda havia um adversário passando e colidi de novo (sim, falha minha). Mas eis que meu carro escapa novamente para fora, e ele, por dentro, não é afetado. O comportamento da mecânica do jogo varia: se o carro é do jogador, tudo pode dar errado com ele, mas se é um carro do jogo, toda condescendência do mundo...
Já nesta última viagem aos USA, ao procurar jogos de corrida, eu sempre dizia que queria algo não-EA. Ao dizer isso, passava a ser tratado como expert pelos atendentes. "Ow, man... good players hate that morons", disse um deles. 
Agora acontece um incidente no celular. Jogava eu Plants vs Zumbies 2, teoricamente apenas distribuído por eles. Do nada, fazem uma atualização que bagunçou todo o mapa do jogo. Depois, o jogo deu pau no meio de uma partida, e travou completamente. Perdi os saves. Desinstalei, instalei de novo para jogar do início e, 4 dias depois, o bug se repete. Desta vez, colocou meu celular em loop, sem conseguir nem entrar no Android. Precisei fazer um hardboot para ter meu aparelho de volta. 
A primeira providência foi tirar esse lixo do meu S4. A segunda foi escrever este relato.
Não usem EA Games, em nome de suas sanidades.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Lembranças

Ontem foi até o canalhas do Sindpd entregar minha carta de oposição à contribuição mensal. Explico, mas peço para que o leitor acredite.
O Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e e Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo - Sindpd - determinou anos atrás uma cobrança compulsória de mensalidade de todos os trabalhadores do ramo. Todos. Inclusive daqueles que trabalham em uma empresa de TI, mas que não sejam da área de TI. Tipo eu, auditor interno. E por algum caminho legal/judicial, certamente envolvendo uma bela propina, eles podem obrigar as empresas a descontarem o valor em folha de pagamento de todos os funcionários e repassar a quantia para ele. Sim, amigo leitor, isso desafia a lógica legal mais rudimentar, ao permitir que uma entidade de direito privado crie, na prática, uma taxa compulsória. Coisas desta república sindical onde vivemos...
Mas nem tudo é desgraça. Se o funcionário não for filiado, ele tem o direito de se opor ao pagamento. Basta escrever uma carta em duas vias declarando tal posição e entregar pessoalmente para os caras, em um período pateticamente curto (10 dias corridos, em janeiro) para se livrar dessa palhaçada por um ano.
E lá fui eu, ontem, cuidar disso. Por essas curiosidades, os caras alugaram um salão no Clube Juventus, na Móoca para tal intento. Pelo menos o atendimento, ao contrário de anos passados, é mais humano. Não perdi mais do que 5 minutos lá dentro. Na saída, observei pelas janelas do salão as piscinas do clube. E daí as lembranças.

Lembrei-me de minha infância, boa parte consumida no extinto clube C.A.F.E., localização às margens da represa de Guarapiranga. Tão antigo que nem encontro referência via google. Passei muitos domingos e algumas manhãs de dias de semana na época das férias de verão por lá. Muito futebol e piscina, além dos rudimentos de tênis que aprendi com o professor Gato (era o apelido do cara, não me olhem assim).
De todo modo, foi um período marcante pra mim. Curiosamente, as lembranças mais intensas são as negativas, por terem sido mais intensas. Nem por isso, o todo foi ruim, ao contrário. O que mostra que os bons momentos, embora menos intensos, tenham sido muito mais numerosos. 
Lembro de jogar muito futebol na quadra do fundo. Fazer e desfazer times e amigos. Muitos gols, muitas horas jogadas. Depois disso, correr em volta da piscina e nela pular. Por horas também. Lembro de ficar sempre procurando as melhores espreguiçadeiras para colocar perto do adulto designado para "tomar conta" das crianças (eu e minha irmã no caso): minha mãe ou minha tia. Minha tia, por sinal, que era quem nos levava em dias de semana para lá, época em que ela trabalhava à tarde e os dois sobrinhos estavam de férias. Não tenho certeza, mas parece-me que foram 2 ou 3 verões de intensas idas ao clube.
Olhei aquela criançada na piscina e notei que são exceção nesta era de condomínios fechados e videogames. Não que eles sejam ruins, mas tomaram o espaço do clube, instituição em desuso, para não dizer decadência. 
O clube me fez ter contato contínuo com gente que nunca tinha visto. Moleque novos apareciam todo final de semana para jogar. Nunca se sabia quando ia surgir o novo craque da turma. Mas também havia os de sempre, que batiam cartão na quadra antes das 8h do domingo. 
Aprendi as regras do basquete e do 21, variante de rua do mesmo. Aprendi a bater lateral. Aprendi a chutar com o pé esquerdo, e não era ruim nisso. Aprendi rebater com força no tênis, mas nunca com controle. Aprendi que meu backhand é nulo. Aprendi que nem sempre o técnico sabe o que está fazendo, pois ele também se desespera quando o gol não sai. Aprendi que fatores externos ao seu desempenho podem destruir sua posição no time. Aprendi que 2 frangos do seu goleiro te levam para uma decisão nos pênaltis. Aprendi que chutar o último pênalti no travessão é ruim, muito ruim. Aprendi que o melhor jogador do time pode ser seu amigo, mas vai ganhar mesmo assim, e com justiça, o prêmio de melhor do torneio. Aprendi a atravessar a avenida com cuidado. Aprendi que tem gente tirando racha na avenida. Aprendi que gosto mais de sorvete de massa do que de palito. Aprendi a não correr em volta da piscina. Aprendi que, na época, a garrafa de guaraná e de soda era maior que a de coca, por 10ml. 
Aprendi a conviver. 
Por tudo isso, agradeço ao C.A.F.E.. E pergunto como as crianças aprendem essas coisas todas hoje em dia.

Perdido

Mais uma burrada do nosso prefeito: Haddad veta projeto que proíbe baile funk
O motivo é o qual, prefeito? Tentar salvar junto a esse segmento sua ridícula popularidade? A verdade é que Haddad foi nocauteado pelas manifestações de junho passado e ainda não se recuperou do impacto. Diga-se, foi ele quem procurou Alckmin para propor o cancelamento do aumento de tarifas. Isto feito, bastou esperar um dia de chuva para as manifestações acabarem e retomarmos a rotina. Problema resolvido.
Mas desde então, ele se perdeu. Seu grande feito é pintar faixas brancas nas ruas para que os ônibus ali dentro fiquem. Só. Quis aplicar um tarifaço no IPTU e levou toco. Quis licitar novos corredores de ônibus e louvou outro toco. Agora chega essa medida boa e o cara veta.
Está completamente perdido, sem rumo.


quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Menos, menos

Amigo leitor, você já tentou acompanhar os canais esportivos ultimamente? Está difícil... O drama se pauta na falta de pauta. Ou na utilização de pauta única para ser mais justo no comentário.
Entendo que existam certos eventos que realmente mereçam cobertura intensa, para não dizer exclusiva, por parte dos canais esportivos. Olimpíadas seria o exemplo mais justo, pela quantidade de competições simultâneas que acontecem. Por analogia, Olimpíadas de Inverno e Jogos Panamericanos, que atraem uma curiosamente elevada e positiva audiência no Brasil enquadram-se nisso. Copa do Mundo acaba gerando o mesmo de modo indireto. Na realidade, a Copa gera 128 horas (64 jogos) de competição em 32 dias. São apenas 4 horas de material inédito por dia (na média), com forte concentração nos primeiros 15 dias. Mas não é o que se vê, pois temos os VTs, especiais, mesas-redondas, reportagens sobre o que o determinado jogador está comendo, vestindo ou falando, documentário sobre a torcida simpática do Cuquistão e por aí vai...
Mas tente ligar nos canais esportivos agora, em dezembro/janeiro, quando o futebol brasileiro está em férias. Só passa futebol estrangeiro, amigo. É campeonato italiano, inglês, espanhol, francês, alemão... São dois a quatro jogos por dia, boa parte deles em VT. A única exceção é a cobertura dos playoffs da NFL pela ESPN, e novamente se nota algum exagero monotemático de novo. Será que o brasileiro é assim mesmo, só quer ver futebol na tv? Ninguém mesmo se interessou pelo Mundial de Handball, vencido pela meninas brasileiras? 
O torcedor esportivo brasileiro médio é um completo babaca, incapaz de acompanhar um esporte que não tenha brasileiros vencendo. É por isso que audiência da F1 despencou nos últimos 20 anos: o brasileiro jamais gostou da F1, ele gostava de ver piloto brasileiro vencendo. Tivemos picos de audiência com Guga Kuerten, na época da pátria de raquete, e mais recentemente com Anderson Silva em seu auge no UFC. Passados os dois, temos uma onda de futebol estrangeiro, com aquele maldito ufanismo de falar do jogador brasileiro no time A ou B, ou na esquadra de brasileiros no time C. 

O leitor pode, agora, me criticar: antes você reclama que o torcedor só quer ver brasileiro ganhando e quando passa outra coisa, você também reclama. Você não está feliz nunca?
Neste caso não, pois acho um retrocesso. Quem sabe se tivéssemos volei, basquete (a NBA está esquentando agora), hoquei, rali Dakar no ar eu estivesse menos inquieto. Mas esse monotema todo irrita e revela. Irrita um tanto e revela muito. E, não, não acompanherei o BBB.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Foto do Imbecil do Dia

Legal misturar dois assuntos não?
Segue:


Conseguem ver as faixas no chão do estacionamento? Outro mané que não sabe parar carro no Shopping Taboão, lembrando este aqui
Não reclamo por falta de vagas. O estacionamento estava bem vazio no horário em que tirei a foto. Não posso nem dizer que ele me atrapalhou em alguma coisa. 
É apenas uma questão de respeito pelo próximo. Só isso.
Em tempo, essa foto foi tirada ontem (06/01/14). Hoje, o mesmo carro estava no Shopping Taboão, parado na mesma fileira, direitinho dentro da vaga. Ou seja: o sujeito sabe estacionar. Continua, portanto, imbecil por ontem.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O Imbecil do Dia

Sempre tem um... Segue link.
Em resumo, para quem não quiser ou puder acessar o referido link, o hotsite Notícias da TV, do UOL, informa a palhaçada feita pela TV Record ao mutilar o primeiro episódio de Spartacus. É um série sobre gladiadores onde não aparece... sangue. Aproveitaram a tesoura para ainda por cima cortar as excelentes cenas de sexo da série.
O que eu me pergunto, e também pergunto ao burro agudo da emissora do bispo que decidiu comprar e transmitir a série, é: se a série não condiz com o suposto perfil do telespectador, por que diabos comprou então?! Para estragar? 
Parece.
Mas continua imbecil.

Foto do Dia

Amigo leitor, posto a foto a seguir com atraso. Dia 28/12/13, fui ao Parque do Ibirapuera com minha amada para passar o dia por lá. Entre as ideias, uma era visitar o Planetário. 
Segue foto da porta do mesmo:


Nosso ex-Ministro da Educação, e atual prefeito da cidade, não é capaz de manter um planetário funcionando. 
Burrice aguda, não? Ou é exagero da minha parte?

domingo, 5 de janeiro de 2014

Foto do Dia

Não gosto de Natal. Nem vim falar especificamente dele. 
Também não gosto de nada indiretamente ligado ao Natal. Um exemplo de coisa que eu não gosto no Natal é o desperdício de materiais, trabalho e energia que ocorre em função dele. 
Mas...
Vez por outra, admito, alguém tem uma boa sacada. Segue a foto:


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Schumacher, 45

Aniversaria hoje o maior piloto de todos os tempos. Hepta campeão mundial, Michael Schumacher não assoprará velinhas, pois está em coma em um hospital francês, devido a uma queda durante a prática de ski.
Não acho necessário relatar o acidente: o leitor vai achar as mesmas informações que eu, talvez mais. Não acho necessário relatar a carreira dele, o leitor sabe o básico e, mesmo que não admita da boca para fora, sabe no fundo da sua consciência que Schumacher foi o melhor de todos. 
A cerca disso, alguns pachecos ainda podem dizer que ele não teve adversários, que os pilotos de sua era não estava a altura da F1 e que não tinham condições de enfrentá-lo. Esquecem-se, propositalmente creio eu, que em muitos esportes a questão da distribuição das vitórias e conquistas é uma conta de soma zero: cada vez que um sujeito vence, além do triunfo, impede que outro vença. Parece um comentário bobo, mas se tirarmos 20 vitórias do alemão, elas cairão nas contas dos adversários, como Barrichello, Hill, Villeneuve, Hakinnen, Alonso, Montoya... Seus 7 títulos mundiais poderiam ser 6, ou 5. 
Mas essas vitórias todas, e os consequentes títulos, vieram de onde, oras? Vieram dele superar os adversário, por saber desenvolver e utilizar o melhor carro, por gerenciar de dentro do carro, conflitos na equipe, por conter os companheiros de equipe. Sim, amigo leitor, isso é mérito dele também: Prost não conseguiu conter Senna em 88, como Alonso com Hamilton em 07, como Piquet falhou com Mansell em 86 ou Jones com Reutimann em 81. Acontece. Periodicamente. 
Schumacher não falhou nisso, como Vettel não falhou com Weber, Senna com Berger, Piquet com Mansell (87. aprendeu, né ?). Também acontece.

Mas meu ponto central aqui eu nem comecei a falar. Assusta-me, ainda, a raiva, a inveja, a dor de cotovelo de muitos, não todos, brasileiros com esse germânico de queixo quadrado. Separei alguns comentários que vi de pessoas na área de comentários do UOL:

Antes, uma explicação: foi divulgado que Schumacher teria se acidentado ao tentar ajudar uma menina que saiu da trilha de ski. Não sei se procede. Mas daí, o tal Pitouca faz uma piada desse tipo com a situação.


Hunter Mc Coy faz referências à carreira do alemão. Menciona o fato de Schumacher ter causado o acidente que lhe deu o título de 94, esquecendo-se das várias punições absurdas que ele recebeu durante o campeonato apenas para manter a disputa em aberto por mais tempo. Esquece-se que quando tentou fazer isso em 97 foi punido. Esquece-se que Senna fez a mesma coisa contra Prost em 90. Cita o caso do filtro de combustível, também na temporada de 94, que jamais foi comprovado. Cita o jogo de equipe na Ferrari, esquecendo-se que essa prática é feita por todos. 

Prontofaleidemais comete o mesmo erro de Mc Coy ao usar de memória seletiva. Está bravinho porque Schumacher enterrou Barrichello. Reclama das vezes que o brasileiro foi obrigado a dar passagem como se fossem dezenas e não apenas algumas. Afirma que ele não quis salvar ninguém, como se lá estivesse para testemunhar tudo. Sim, falou demais mesmo.
O que eu posso falar desse Delano, então... ?

Schumacher pulverizou Senna. Fatos:
Títulos 7 x 3
Vitórias 91 x 41
Poles 68 x 65
Voltas Mais Rápidas 77 x 19
Podiuns 155 x 80
Pontos* 1566 x 614
* parte desses pontos foi sob novo regulamento, que dá pontuação maior.

Esse foi o grande pecado dele. Não foi jogar o carro em Hill ou em Villeneuve. Não foi o jogo de equipe "contra" Barrichello. Não foi o carro parado em Mônaco para tirar a pole de Alonso. Onde estão os fervorosos fãs brasileiros do inglês, do canadense do brasileiro ou do espanhol? Citam esses fatos lamentáveis (e sim, foram lamentáveis) apenas para tentar, em vão, diminuir os feitos de Schumacher. Esquecem dos acertos, das vitórias incontestáveis, das variações de estratégia, da constância na pista, das seguidas voltas de corrida em tempo de classificação, dos treinos diários em Maranello, da obsessão pela vitória. Esta última, segundo os mesmos pachecos, é exclusividade de Senna. 
Ridículos e patéticos esses pachecos. 

Por fim, desejo a mais rápida e completa recuperação a Schumacher. Simples assim.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Promessas de Ano Novo (2014)

Amigo leitor, feliz ano novo. 
Como sempre faço, escrevo e guardo as promessas feitas na entrada de cada ano, para posterior follow-up. Seguem as metas para o ano de 2014:

- Prometo terminar de emagrecer (marca inicial: 75,0 Kg)
- Prometo, de novo e mais uma vez, ler Astronomia até o fim 
- Prometo treinar Kung Fu tão logo possa voltar às atividades físicas (estimativa: abril/14)
- Prometo novamente ver todas as corridas de Nascar e  F1
- Prometo jogar Star Wars e MotE
- Prometo, de novo, fazer a revisão do carro na data certa
Prometo fazer pelo menos um churrasco
- Prometo viajar nas férias, para outro país (EUA, Peru e Grã-Bretanha não valem) (planos apontam para Alemanha desta vez)
- Prometo, novamente, jantar fora em um lugar legal pelo menos uma vez ao mês e pelo menos 15 vezes no ano
- Prometo assistir pelo menos mais 3 temporadas de Arquivo X, incluindo episódios antigos pendentes, além das séries em andamento
- Prometo não virar vegetariano

- Prometo não votar no PT
- Prometo continuar ateu
- Prometo continuar gostando de cachorro
- Prometo jogar PS3
- Prometo acompanhar de perto a Copa do Mundo
- Ainda assim, prometo me interessar cada vez menor por futebol e suas maracutaias




quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Promessas de Ano Novo (Análise 2013)

Como tradição de antes deste blog, vou analisar as promessas de ano novo feitas em dezembro de 2012 aqui.

- Prometo, de novo e mais uma vez, emagrecer. (Marca inicial: 84,0 Kg)

Feito
Sim, feito. Peso atual: 75,0Kg. Mas ainda há o que fazer nisso, pois cheguei a estar em 70,0 Kg.

- Prometo, de novo e mais uma vez, ler Astronomia e Nascar: the Complete History até o fim.

Parcial.
Nascar está por apenas poucas páginas e termino ainda hoje, dia 1/1/14. Astronomia, ainda não.
 
- Prometo curar minha contusão no quadril

Sob controle
Ela simplesmente não tem cura, mas tomo remédio contínuo em função disso.

- Prometo treinar Kung Fu

Feito.

- Prometo ver todas as corridas de F1 e de Nascar (meta mais desafiadora que 2012)
 
Feito.

- Prometo jogar Star Wars e MotE.

Feito.

- Prometo, de novo, fazer a revisão do carro na data certa

Feito

Prometo fazer pelo menos um churrasco (meta menos desafiadora que 2012).

Feito.
Foi no final do ano, para o pessoal da PRODESP.

- Prometo continuar gostando de cachorro.

Feito.
  - Prometo não comer MESMO comida vencida (meta mais desafiadora que 2012).

Feito.

- Prometo viajar nas férias, para outro país (EUA, Peru e Grã-Bretanha não valem).

Em termos.
Fui para outra parte dos EUA, o que é quase outro país em relação à Flórida. 

- Prometo terminar de arrumar minhas lembranças pessoais (meta mais desafiadora que 2012).

Feito.
 
- Prometo jantar fora em um lugar legal pelo menos uma vez ao mês e pelo menos 15 vezes no ano.

Feito.
Não fiz as contas, mas estou feliz com o resultado.

- Prometo assistir pelo menos 3 temporadas de Arquivo X, além das séries em andamento.

Feito.

- Prometo fazer os 2 quebra-cabeças que comprei na viagem.

Feito.

- Prometo não virar vegetariano.

Feito.

Nada mal, hein ?