domingo, 31 de março de 2013

Vida Complicada

Amigo, leitor, sigo presenteando-o com links aos finais de semana.
Segue excelente texto sobre a vida do ateu comum no Brasil. Nada mais apropriado do que esse tema em um dia como hoje.

sábado, 30 de março de 2013

Deutsch

Amigo leitor, compartilho com vocês a estranha sensação de estudar alemão através de áudio-aulas em mp3. Não pretendo me mudar para Berlin ou virar tradutor juramentado. Basta-me algum conhecimento, alguma cultura.
O amigo que me passou os arquivos também me passou o seguinte causo:

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A língua alemã é relativamente fácil. Todos aqueles que conhecem as línguas derivadas do latim e estão habituados a conjugar alguns verbos podem aprendê-la rapidamente. Isso dizem os professores de alemão logo na primeira lição. Para ilustrar como é simples, vamos estudar um exemplo. Primeiro, pegamos um livro em alemão, neste caso um magnífico volume, com capa dura, publicado em Dortmund, e que trata dos usos e costumes dos índios australianos Hotentotes (em alemão, “Hottentotten”).
Conta o livro que os cangurus (Beutelratten) são capturados e colocados em jaulas (Kotter) cobertas com uma tela (Lattengitter) para protegê-las das intempéries. Essas jaulas, em alemão, chamam-se jaulas cobertas com tela (Lattengitterkotter) e, quando possuem em seu interior um canguru, chamamos ao conjunto de jaula coberta de tela com canguru (Lattengitterkotterbeutelratten).
Um dia, os hotentotes prenderam um assassino (Attentäter), acusado de haver matado a mãe (Mutter) hotentote (Hottentottermutter) de um garoto surdo e mudo (Stottertrottel). Essa mulher, em alemão, chama-se Hottentottenstottertrottelmutter e, a seu assassino, facilmente chamamos de Hottentottenstottertrottelmutterattentäter.
No livro, os índios o capturaram e, sem ter onde colocá-lo, puseram-no numa jaula de canguru (Beutelrattenlattengitterkotter). Mas, incidentalmente, o preso escapou. Após iniciarem a busca, rapidamente veio um guerreiro hotentote gritando:

– Capturamos o assassino (Attentäter)!– Qual?? – perguntou o chefe.– O Lattengitterkotterbeutelratterattentäter – respondeu o guerreiro.– Como? O assassino que estava na jaula de cangurus coberta de tela? - disse o chefe dos hotentotes.– Sim – responde a duras penas o indígena – o Hottentottenstottertrottelmutteratentäter (assassino da mãe do garoto surdo e mudo).– Ah – diz o chefe – você poderia ter dito desde o início que havia capturado o Hottentotterstottertrottelmutterlattengitterkotterbeutelrattenattentäter!

Assim, através desse exemplo, podemos ver que o alemão é facílimo e simplifica muito as coisas. Basta um pouco de interesse.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Teste de Bechdel

Amigo leitor, o Teste de Bechdel é bastante simples e feito sobre um filme que você viu. Faças as seguintes 3 perguntas sobre o filme, na ordem. À medida em que for "passando" (responder "sim"), tente chegar ao final.
1) Há mais do que um personagem feminino no filme ?
2) Essas personagens conversam entre si ?
3) O assunto conversado é algo além dos sentimentos por algum personagem masculino ?
Se você conseguir responder "sim" às 3 perguntas, o filme será Bechdel-aproved.

E qual é a relevância disso ?
Veja o filme a seguir e descubra. Por volta dos 9min30, esteja preparado para o impacto. Vai doer.

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quinta-feira, 28 de março de 2013

7

Entre dezenas de excelentes piadas sobre o vexame alviverde de ontem, ao perder por 6x2 para o Mirassol, a melhor até o momento foi:

Estava Gilson Kleina (técnico do time, se você não sabe) dormindo quando a esposa o acordou.
- Acorda, querido.
- Hã ?
- Acorda, já são 7.
- Porra, mais um ?!

Multi 21

Amigo leitor, deixei passar uns dias para comentar os episódios ocorridos na última corrida de F1, na Malásia. Se você estava em Marte, segue um resumo dos fatos.
A corrida estava dominada pela Red Bull, com Weber na frente e Vetel logo atrás. O australiano tinha uma estratégia melhor e merecia estar ali. A equipe até tentou estragar o plano dele e ainda assim ele se manteve, por seus próprios méritos, na liderança. Passada a última rodada de pitstops, a equipe deu uma ordem para ambos os pilotos diminuírem o mapa dos motores, de modo a prevenir quebras e economizar combustível. Weber obedeceu. Vetel não.
Ainda com o motor no máximo de performance, o alemão alcançou o australiano e com ele lutou pela vitória. Passou, venceu. E logo na sala de encontro antes do pódium o clima de velório era nítido. Ninguém sorria, nem mesmo Adrian Newey que vira mais uma dobradinha de sua autoria. Foi quando Weber, de cara amarrada pronunciou o fatídico "Multi-21" com aquela cara de "Que parte de Multi-21 você não entendeu ?"
Os desdobramentos ainda estão acontecendo. Há quem defenda o alemão, há quem o ataque. O tema do jogo de equipe domina o ambiente. De novo. E de novo e de novo. Só tenho uma opinião firme sobre isso tudo, que apresentarei no final. 
A favor de Vetel, há o argumento de que o que importa é vencer. Que esse tipo de acordo é ridículo, estraga o esporte (estraga mesmo), que é cedo demais para ajustes de pontos no campeonato de 19 corridas e que ele tem esse ímpeto de vencer tudo.
Contra Vetel, existe a questão do acordo firmado entre as partes. "O combinado não sai caro" e Vetel concordou com o acordo antes da corrida, achando que isso seria a seu favor. Como foi contra, ele descumpriu. 
Fato é que Vetel foi um canalha equiparável ao que Senna fez em Ímola-89, quando descumpriu acordo feito com Prost. A série de erros é enorme:

- Primeiro de tudo, não devia sequer existir esse tipo de acordo.
- Uma vez feito o acordo, ele deve ser cumprido. Esporte é feito de ética, antes de tudo.
- No momento em que Vetel decidiu não aceitar a ordem, poderia ao menos ser homem de responder "Multi-21 teu cu. Vou vencer essa bagaça". 
- Independente de não ter como mudar o mapa do motor (por força do regulamento), a equipe sabe o que o piloto está fazendo. A Red Bull sabia da rebeldia e poderia (deveria ?) ter avisado Weber disso.
- Ainda assim, em um dado ponto, Vetel estava chegando. Weber tinha essa informação e poderia questionar a equipe o que diabos estava acontecendo. Não sei se o fez.
- Além de questionar, a porcaria do botão, como visto antes, é controle do piloto. Volte o motor para a posição máxima e defenda-se do ataque, oras.

Não acho que nenhum dos lados do debate está totalmente certo nem totalmente errado. Vivemos criticando os pilotos que ficam atrás sem atacar o companheiro e agora estamos criticando o cara que descumpre isso. 
Mas se tem uma coisa que eu acho é que esse tipo de acordo deu o que tinha que dar. Não é com uma canetada que se resolve tudo, mas precisa-se de uma solução urgente, definitiva e eficaz contra essa praga.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Engenho Quebrado

O assunto de ontem é a interdição do Estádio João Havelange (não era proibido batizar lugar com nomes de pessoas vivas ?), mais conhecido como Engenhão. Construído para os Jogos Panamericanos de 2007, no Rio, o referido estádio não tem sequer 6 anos de uso e conta com problemas graves na estruturas.
6 anos. Apenas 6 anos. Com mais de 2300, boa parte do Coliseo de Roma ainda está de pé, e o Engenhão ameaça desabar em 6. SEIS ANOS ! E quem disse isso foi o prefeito do Rio, Eduardo Paz, em entrevista aqui.
Vamos tentar manter a calma e analisar o que pode ter acontecido, levando em conta que, embora eu seja engenheiro, não sou da área de engenharia civil, nem tampouco analisei eu mesmo a situação in loco.
SEIS ANOS !
O problema em questão pode ter origem na mão de obra utilizada, no material, na técnica (projeto), na conservação ou em eventos de força maior. Ainda assim, pode ser algo que já existia na época da construção, na inauguração ou era algo que realmente só surgiria depois de algum tempo.
SEIS ANOS !
Problemas de mão de obra, material ou técnica, na minha opinião, deveriam ser agrupado no último. Mesmo que o material e/ou a mão de obra tenha(m) sido de má qualidade, é obrigação do responsável técnico perceber isso em visitas periódicas e corrigir o problema durante a construção. 
Se o problema passou nessa fase de inspeção, pode ou não ser algo de percepção imediatamente antes da inauguração. Trincas e rachaduras visíveis não deveriam permitir a inauguração do estádio em 2007. Mas isso não deve ter acontecido, afinal nenhuma autoridade colocaria em risco um evento de visibilidade mundial por irresponsabilidade.

[pausa para risos]

Daí ocorre que não temos como saber com segurança se
- o estádio tem problemas agora, 
- sempre teve e só descobriram agora ou,
- sempre teve, sempre teve, sempre souberam e só revelaram agora.
Isso mostra a total falta de credibilidade de nossas autoridades. Nunca fomos um país sério e ainda nos ofendemos quando De Gaulle jogou isso na nossa cara.
SEIS ANOS !
Agora o Rio de Janeiro depende de São Januário, apenas, para que 4 dos 20 maiores times do país possam jogar, eventualmente entre si. Uma obra do valor de 360 milhões de reais não atende a seu propósito porque pode desabar, toda ou em parte. Apenas SEIS ANOS depois de inaugurada.

Que fique claro que minha crítica não é restrita às autoridades cariocas. Isso poderia ter acontecido em qualquer lugar do país. Mas continua me assustando.






terça-feira, 26 de março de 2013

Foto do Dia Anterior

Ainda comentando a manutenção dos faróis, em tema tratado ontem aqui, a mais antigamente em outros posts com o marcador política
A foto abaixo foi tirada ontem às 18h30, no mesmo cruzamento.


Flagrei o exato momento em que a equipe de manutenção recolhia suas ferramentas para ir embora. Mais de 12 horas para consertar um farol em um cruzamento importante...
E eis que, hoje pela manhã, passo novamente o mesmo farol e ambas as luzes verdes para Av. Jabaquara sentido bairro estão queimadas. Ou seja, nem isso esses caras sabem fazer. Burrice aguda alguém achar que ia mudar alguma coisa. 

segunda-feira, 25 de março de 2013

Foto do dia

Tô de volta, vivo e baleado. Segue...

Abaixo, amigo leitor, foto tirada hoje, por volta de 6h40, na esquina das avenidas Jabaquara e Indianópolis.


Nenhum fiscal da CET estava no local. Nenhuma equipe de manutenção estava no local. Depois de muito falatório do prefeito, as coisas continuam a mesma porcaria depois de quase 90 dias de mandato.
Surpreso, amigo leitor ? Eu não.

sábado, 23 de março de 2013

Novidade

Sempre achei estranhos os casos repetidos de deslizamentos. Conversando com amigos e colegas, eles costumam dizer "ah, mas isso não acontecia há 20 anos". 
Acontecia sim. Segue link.
Embora a matéria seja sobre os desastres atuais, fica claramente mencionada a tragédia de 1981 em Petrópolis.
Resolvi brincar de google. Pesquisei as palavras "deslizamento", "Petrópolis" e o ano 2012. Depois fui retroagindo até 1999. Há casos em todos os anos. Mas curiosamente, achei este outro link. Ele menciona um caso de deslizamento de terras em 1866.
Bem... passados 150 anos parece que não aprendemos coisa alguma ainda. Ninguém impede a ocupação irregular, ninguém remove quem faz a ocupação irregular, instalam água, esgoto e luz para esses ocupantes e depois ainda mandam o bombeiro arriscar a vida para resgatar o mané.
E não se trata de uma questão de pobreza isso (pelo menos não da pobreza material). Tem gente de posses em casas em lugares de alto risco. Já teve até ex-prefeito em cidade serrana que morreu soterrado.
Sim, amigo leitor, é apenas um caso de burrice aguda coletiva.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Aborto

O CFM - Conselho Federal de Medicina chegou ao século XX (não ao XXI ainda). Em matéria publicada na Folha, o órgão decidiu apoiar a discriminação do aborto até a 12a semana de gestação. Segue link.
Não vou chover no molhado. A decisão é tão óbvia quanto recomendar que carros tenham portas. Mas chamou a minha atenção uma comparação ao final da matéria sobre argumentos favoráveis e contrários.
João Batista Soares, presidente do CRM-MG, declara: "Não se trata de questão religiosa. Enquanto médicos, entendemos que a nossa obrigação primeira é com a vida.". Não duvido que seja essa a obrigação primeira do médico, mas claramente o debate é a definição do que é uma vida e, portanto, é uma questão religiosa simSó acho que seria mais honesto da parte do Dr. João deixar isso claro em vez de negar.

terça-feira, 19 de março de 2013

Miojo

Conforme diz o título da matéria, candidato ensina a preparar miojo na redação e tira nota 560 de um máximo de 1000. Segue link. Entre outras, ele ficou com nota 100 de 200 na avaliação dos argumentos e 120 de 200 na compreensão do tema, no caso a imigração. 
Pobre rapaz. Mal sabia ele que o examinador já tinha miojo no lugar do cérebro. Burrice aguda isso...
De todo modo, uma pergunta: será que o PT não consegue MESMO faz uma única versão do ENEM sem problemas ? Nem umazinha ?

segunda-feira, 18 de março de 2013

Pequena Pausa

Amigo leitor, uma vez mais obrigado pela audiência e participação.
Estou em uma semana um tanto atribulada. Então, salvo se meu radar pegar algo muito incrível, ou se aparecer uma boa e decente janela de tempo, estarei impossibilitado de dividir meus pensamentos e opiniões com vocês. 
Não quero (não posso, na verdade) detalhar os motivos disso. Não se trata de nenhum problema, ao contrário, é de uma chance de solução, por assim dizer. Apenas torçam por mim.

sábado, 16 de março de 2013

sexta-feira, 15 de março de 2013

Apocalipse Zumbi

Enquanto isso, em um pronto socorro qualquer, o médico atende um paciente recém-aceito ao local:
- Está quebrado ?
- Não doutor...
- Então é virose.

Esse é o protocolo de atendimento nos pronto socorros no século XXI. Se acha que é implicância minha, fique doente e use um (não, não aconteceu nada comigo esses dias...). 
A falta de vontade, interesse e capacidade em investigar o que realmente está acontecendo é assombrosa. Já baixei no PS com infecção alimentar algumas vezes para poder reparar. A última tem um ano e meio e foi bem por aí. Ninguém se interessou em saber o que eu comi, o que eu fiz, onde estive... nada. Uma vez determinado no quadro de G.E.C.A. me tacaram no soro e mandaram para casa com o mesmo coquetel de sempre (plasil, dramim...) e a mesma receita de papinha de batata de 70 anos atrás. A única que coisa mudou nesse tempo foi o Gatorade. Ninguém colhe nada para fazer uma cultura, para tentar descobrir, pelo menos se era vírus mesmo.
Gente, o cinema e televisão já mostraram várias histórias de zumbi. A origem do problema varia entre toxinas, maldições, parasitas, bactérias, controle mental e, claro vírus. Sinceramente, se o apocalipse zumbi tiver início em um vírus, ele vai acontecer mesmo: não serão os médicos de PS que farão coisa alguma para deter a tragédia.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Complexo de Vira-latas

Nélson Rodrigues disse, em 1958, que havíamos "superado nosso complexo de vira-latas". O contexto da frase foi na vitória sobre a Suécia, trazendo nossa primeira de (até agora) cinco Copas do Mundo. Talvez ele estivesse certo no campo futebolístico. Talvez.
Mas certamente isso não se aplica a nenhum outro tema. Acompanhei a movimentação dos internautas no que concerne a escolha o papa e continua essa mania de que se querer um brasileiro em destaque. Já havia tratado desse tema aqui
Frases sinceras de apoio, torcida mesmo como se de um evento esportivo se tratasse. E ao vencer um argentino, a autoestima do brasileiro que via chances reais de ter um papa conterrâneo foram pulverizadas. 
As pessoas se sentiram quase humilhadas por perderem, e ainda por cima para um argentino. Eu ri, e muito.

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Enquanto isso, no Conclave, os cardeais debatiam a escolha do papa. Um deles diz:
- Então estamos de acordo: vamos escolher um brasileiro.
- Sim ! - respondem todos.
- Mas... qual é mesmo a capital do Brasil ? - pergunta ele
E um velhinho simpático responde lá do fundo:
- Buenos Aires !

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Embora alguns tenha divulgado que ele é formado engenheiro químico, as fontes que eu encontrei indicam que é formado em Química, não Engenharia Química. 
Quase, mas completamente diferente.


 

quarta-feira, 13 de março de 2013

habemus papam

Eu, burro de tudo, achei que nada mais me surpreenderia este ano. Já tivemos o az no volante no último domingo, o pastor homofóbico na comissão de direitos humanos, torcedor que morreu em jogo do Corinthians... Eu realmente estava prevendo um período tedioso. 
E eis que o Vaticano me anuncia um papa argentino.

13/03/2013: o dia em que o Catolicismo morreu no Brasil.

Não achem que estou feliz com isso não. A escolha foi péssima e trará, na minha opinião, a derrocada final do Catolicismo em terra brasilis. Em menos de 10 anos os evangélicos serão maioria no Brasil. Podemos estar rumando para uma teocracia eletiva, algo sem precedentes na História.
O Catolicismo está em cheque. Tem apanhado em diversos espaços. Na Velho Continente, vai sendo abandonado sistematicamente pelos cultos e instruídos europeus, que passam a não ter religião. Noruega, Finlândia, Holanda e Suíça já não possuem maioria de nenhuma religião e caminham a passos largos para serem países ateus. França, Alemanha, Dinamarca, Bélgica e Suécia seguem pelo mesmo caminho, um pouco atrás. Não há o que fazer.
Na América, onde é forte, vem sistematicamente perdendo fiéis para os evengélicos, notadamente no Brasil. Mas o modelo de exploração comercial da fé está encontrando eco nos países vizinhos, e franquias são abertas todos os dias. Nos EUA, de maioria protestante, a bomba demográfica latina faz efeitos também no campo religioso. É um bom campo para o Vaticano.
Na África, a ameaça é o islã, que finalmente decidiu descer do deserto e avança pelo centro do continente. 
O único território amigável tem sido a Ásia, onde os católicos são minoria. Mas justamente por isso é mais fácil obter novos fiéis e, verdade seja dita, estão conseguindo.
Se o conceito era escolher um papa para atrair fiéis pelo exemplo, era preciso escolher um de dois battlegrounds: América e África. Optaram pela América, no sentido de proteger os territórios conqusitados. Não chega a ser errado.
Mas daí escolhem um argentino. Nada contra o cardeal Bergoglio, que tem até um rosto simpático. Mas os argentinos são detestados por todos os não-argentinos. Não são apenas os brasileiros que os odeiam, são todos. São os franceses da América Latina, ou cariocas, dando um exemplo mais nacional. Só eles gostam deles mesmos, e nem sempre.
O sorriso de Francisco I pode se tornar útil. Sua declarada homofobia não. Mas a rivalidade entre brasileiros e argentinos será catastrófica para o Vaticano por aqui. Eles talvez jamais se recuperem dessa decisão.

Pérola do Dia

Ainda no assunto do ciclista atropelado no último domingo, surge esta pérola.
Para quem está com preguiça, o excelentíssimo senhor juiz declarou que "Se o caso fosse de homicídio consumado, seria perfeitamente possível o dolo eventual. Mas o dolo eventual é incompatível com a tentativa". Completa o magistrado: "Raciocinar de forma diversa levaria ao banco dos réus em plenário do júri todos os que estivessem dirigindo sob efeito de álcool e de forma temerária, pois, em tese, estariam assumindo o risco de matar alguém. É claro que tal raciocínio consistiria em evidente sofisma".

O que ele chama de "sofisma" eu chamo de impunidade.
O que ele é chamado de "excelentíssimo" eu chamo de imbecil.

Sr. Alberto Anderson Filho: se o Brasil é uma merda de país para se viver, é por causa do senhor e de pessoas como o senhor. Vá para a puta que te pariu.

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Completando, fico impressionado com a velocidade da Justiça quando é para soltar ou liberar criminosos. Mas para condenar...

terça-feira, 12 de março de 2013

Fumaça Preta

Começou o show de mídia da escolha do novo papa. Mas os caras gostam mesmo de aparecer, hein ?
O show aparece em pílulas para a televisão. Não se pode acompanhar as votações, mas os cardeais aparecem sorridentes frente as câmeras até ao entrar e sair do banheiro. Anuncia-se que o resultado sairá em um horário e não sai. Isso sem falar nas tais fumaças branca e preta.
É muita vontade de ter o ego afagado mesmo... Fala-se em investigar os pedófilos ou não (como se isso pudesse ser tema para debate), em preservativos, em união homoafetiva, em aborto... 
Esquece-se que essa é a maior mentira já contada pela humanidade

segunda-feira, 11 de março de 2013

Mais uma vítima

Causa comoção o mais recente caso de atropelamento de ciclista em São Paulo. Para quem não acompanhou, segue um resumo baseado no que até o momento.
Entre 5h30 e 6h do domingo, o ciclista David Santos Souza foi atropelado por Alex Siwek na Av. Paulista enquanto trafegava pela ciclofaixa. O motorista fugiu do local sem saber que um braço da vítima estava preso no carro. Descobriu algum tempo depois e jogou o braço em um rio. Por volta das 7h, ele se apresentou a um posto da polícia alegando não saber onde estava o braço, mas acabou confessando os detalhes citados. Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro (obrigado maios uma STF por inventar essa besteira...) e se calou no depoimento. Foi indiciado por homicídio doloso. Testemunhas afirmaram que ele trafegava em zigue-zague e alta velocidade pela avenida, e que bebeu horas antes em um casa noturna. 
Pois bem...
Não acho necessário detalhar o óbvio. Esse sujeito (o motorista) é um animal de rabo e tem que apodrecer na cadeia mesmo. Quando, e se, sair, deveria pagar uma pensão vitalícia para  a vítima que perdeu seu braço menos pelo atropelamento e mais pela fuga e e descarte do braço. Mais simples ainda, deveríamos jogar ele de um precipício e encurtar essa história toda.
Mas chamam a atenção três dois três detalhes. 
O primeiro é por conta do ciclista pedalando pela ciclofaixa ainda antes dela estar em operação. Por mais que houvessem cones de separação, os ciclistas precisam, de uma vez por todas, aprender que não é uma questão de direitos, mas de física mecânica associada a hábitos culturais. Não é sábio andar de bicicleta antes do amanhecer na faixa da esquerda em uma avenida larga e reta tradicionalmente usada como ele de ligação entre locais de festas e bairros residenciais. Não estou colocando a culpa na vítima, mas o que o cara fez foi, sim, burrice aguda. Por mais que a legislação permita, ninguém se veste de verde na festa da Gaviões. Ninguém usa suástica em bar-mitzwa. Ninguém anda de rosa entre skin-heads. Não havia necessidade alguma de David estar ali naquele ponto e naquele momento. Ele não merece ser punido por isso, muito menos sofrer o que está sofrendo, mas podia perfeitamente pedalar na Al. Santos.
O segundo é o novo protesto de ciclistas fechando a avenida. Agooooora sim, resolveu tudo, né ? Essa mania que temos há 20-25 anos de interditar a Paulista em cada protesto que achamos ter o direito de fazer é patética. Centenas, milhares de pessoas foram prejudicas sem ter feito nada de errado. Muitas delas estavam totalmente solidárias ao David, e ainda assim ficaram presas no trânsito. Isso está errado. E os ciclistas, em particular, não estão fazendo um bom trabalho de marketing de grupo, devo acrescentar.
O terceiro detalhe e a idade de vítima (21) e criminoso (22). Muito interessante como jovens tão parecidos, da mesma classe social e praticamente a mesma idade pode ter estilos de vida dão distintos. Um deles tão saudável (inegável que acordar a essa hora para pedalar é saudável) e o outro tão destrutivo (inegável que dirigir alcoolizado não pode acabar bem). 
Este último acho que realmente ninguém comentou.
(o texto acima foi riscado por grave erro deste blogueiro. No entanto, não vou me esconder atrás do delete e mantenho o original tachado, como forma de avisar que não vale mais, mas que de fato eu o escrevi)
E as duas vidas, diga-se, estão perdidas agora.

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Adição ao texto.
Agora sabemos, por depoimento do próprio Alex, que ele estava pedalando na contramão. Não se comparam 4 erros (dirigir embriagado, direção perigosa, trafegar em área isolada e excesso de velocida) com 1 (contramão). Mas que Alex errou, errou também. 
Nem por isso merecia esse castigo.

domingo, 10 de março de 2013

Dados e mais dados

Amigo leitor que se dá ao trabalho de ler este blog em domingo, vou presenteá-lo com um link dos mais interessantes:
Dá para passar alguns dias nesse site. Recomendo.

sábado, 9 de março de 2013

Kimi, o cara

Desde aquele caótico GP da Malásia interrompido pela chuva sou fã do cidadão Kimi Raikkonen. Enquanto todos debatiam se  quando a corrida recomeçaria, Kimi percebeu o óbvio e foi esperar tomando um picolé. Relax total.
Abaixo seguem os melhores momentos dele em 2012. Homem de poucas palavras, ele mostra como se respondem perguntas chatas em momentos desagradáveis. Discípulo de Nelson Piquet, claramente. Pelo menos nas palavras.
 
 
 
 
Valeu a pena, não ?

quinta-feira, 7 de março de 2013

Carrão

Já tinha visto anteriormente, amigo leitor, mas novas fotos me impressionaram ainda mais.  Trata-se do XL1, lançamento da Volkwagen no Salão do Automóvel de Genebra. Seguem fotos:



O bichinho é um híbrido com baixíssimo consumo de combustível. A montadora fala em 111 km/L de diesel. Claro que ele também consome energia elétrica, que não entra diretamente nessa conta.
Mas o carro é econômico sim. O Cx de 0,189 (por que diabos demoraram tanto para atingir isso ?) deve-se às rodas traseiras cobertas, altura baixa (1m15) e ao fato de não ter espelhos retrovisores, mas micro-câmeras para visualização e explica essa economia.
Nunca fui amigo do visual dos carros da VW, embora eu reconheça a qualidade mecânica. Acho que, desta vez, podemos estar testemunhando uma revolução.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Análise Dimensional

Amigo leitor, o texto de hoje é uma releitura de um artigo publicado no excelente What-if, que é um spin off do tão bom quanto XKCD. Trata-se de um estudo sobre grandezas físicas. Em homenagem ao texto original, procurarei manter o espírito da escrita.
Análise Dimensional é algo estanho...
Admito que comecei pelo final, mas vamos ao ponto. Falemos de consumo de combustível. Aqui no Brasil medimos o consumo em km/l de combustível. Trata-se de uma medida que eu chamo de "clássica": quanto maior, melhor. Maior-melhor é o tipo de grandeza mais comum e mais fácil de entender. Outros exemplos cotidianos são salário, valor da sua casa ou de um investimento, dias de férias, quantidade de cachorros e assim vai.
Os americanos usam algo similar, o mpg (miles per gallon), que nada mais é do que conversão de sistema de unidades. Uma milha vale 1,6km e um galão vale 3,8 l. Então 1 Km/L vale 2,36 mpg.
Análise Dimensional é algo estanho...
O problema começa quando atravessamos o Atlântico Norte. Na Europa é mais comum usarmos L/100Km. Apenas lendo, a sensação inverte: ao dirigir 100km, fica-se mais feliz usando-me menos combustível. Então é uma medida quanto menor, melhor. Essas ainda são fáceis de exemplificar no dia a dia: imposto a pagar, preço, quantidade de horas a trabalhar, número de problemas, quantidade de baratas são medidas menor-melhor. Diga-se que a medida L/100Km é normatizada pela ISO.
Análise Dimensional é algo estanho...
Converter Km/L em L / 100 é simples. Inverta o número e multiplique por 100. Então 8 Km/L fica 12,5 L/100Km. 10 Km/L fica 10 L/100 Km. Ok, até aqui ?
Análise Dimensional é algo estanho...
Agora vamos observar que L é uma unidade de volume e 100 Km é uma unidade de distância. Qualquer um sabe que volume é o cubo de uma distância (d^3). Ao se olhar essa unidade de consumo ISO, podemos fazer uma simplificação de unidades. volume / distância = d^3 / d = d^2. Ou seja, é uma área !
Análise Dimensional é algo estanho...
Pior que isso, se L/100Km é uma unidade menor-melhor, então trata-se de uma área que você quer que seja a menor possível. Vamos então analisar partindo de valores usuais.
8 Km / L = 12,5 L / 100 Km. Isso vale 12,5 (0,1 m)^3 / 100 (10^3) m = 0,000125 m^2. Ou 1,25 cm^2. 
10 Km / L = 10 L / 100 Km. Isso vale 10 (0,1 m)^3 / 100 (10^3) m = 0,0001 m^2. Ou 1 cm^2. 
Isso sim é algo cotidiano: não é muito diferente da área da sua unha do dedão, sendo o carro melhor tendo uma área menor.
Mas por acaso essa área tem algum significado ?
Na verdade, TEM.
Se você pegar um carro que faz 8Km por litro, ele precisa 12,5 L para percorrer 100 Km. Então se você moldar esses 12,5 litros em um tubo que tenha 100Km de comprimento de modo que o carro vá captando o combustível à medida em que se desloca, esse tubo deverá ter 1,25cm^2 de área de modo a manter o carro funcionando. Já o carro que faz 10 Km/L usará um tubo mais fino: apenas 1 cm^2 de área.
Análise Dimensional é algo estanho...

terça-feira, 5 de março de 2013

Correria

Amigo leitor, estou na correria. Atividade externa no centro me tiram da minha mesa pela tarde de hoje. Amanhã estou de volta com alguma bizarrice da minha mente distorcida.

Prometo !

segunda-feira, 4 de março de 2013

Schaddenfreude

Schaddenfruede é uma palavra do idioma alemão que significa a alegria que se sente frente o prejuízo de um terceiro. Detalhes aqui
Conheci o termo há tempos e consultei um amigo alemão sobre o assunto. A definição dele foi mais... coloquial:
- É a alegria que você sente quando o outro se fode. Na cultura alemã, é considerada a mais genuína das alegrias. 

Hoje foi dia de schaddenfreude no trabalho. Acho que estou uns 15 Kg mais leve.

Inveja

Tem vezes que dá vontade de fazer isso por um dia inteiro:


Ou por um mês inteiro..

domingo, 3 de março de 2013

O Socialismo e a Realidade

Desconheço a autoria do texto a seguir

Um professor de economia em uma universidade americana disse que nunca havia reprovado um só aluno, até que certa vez reprovou uma classe inteira.
Esta classe em particular havia insistido que o socialismo realmente funcionava: com um governo assistencialista intermediando a riqueza ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo.

O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas." Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas'. Todos receberão as mesmas notas, o que significa que em teoria ninguém será reprovado, assim como também ninguém receberá um "A".

Após calculada a média da primeira prova todos receberam "B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Já aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Como um resultado, a segunda média das provas foi "D". Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um "F". As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram aquela disciplina... Para sua total surpresa.

O professor explicou: "o experimento socialista falhou porque quando a recompensa é grande o esforço pelo sucesso individual é grande. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros para dar aos que não batalharam por elas, então ninguém mais vai tentar ou querer fazer seu melhor. Tão simples quanto isso."

1. Você não pode levar o mais pobre à prosperidade apenas tirando a prosperidade do mais rico;
2. Para cada um recebendo sem ter de trabalhar, há uma pessoa trabalhando sem receber;
3. O governo não consegue dar nada a ninguém sem que tenha tomado de outra pessoa;
4. Ao contrário do conhecimento, é impossível multiplicar a riqueza tentando dividí-la;
5. Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Quando a paciência acaba

Amigo leitor, ao longo da minha vida, fui transformando a maneira com a qual lido com imbecis. Estou testando um novo método há alguns meses, ainda sem resultados conclusivos. Segue uma análise histórica.
Na época da escola, eu seguia a regra geral: zoe com o sujeito e assim, quem sabe ele aprende. Se não aprender, você pode continuar zoando, pois pelo menos é divertido. Com o tempo, a técnica ficou desgastada, pois piadas repetidas tem rendimento decrescente de diversão, tendendo a zero rapidamente.
No 2o grau (hoje ensino médio), optei pelo eremitismo, dando atenção apenas a quem realmente valia a pena. Os efeitos de curto prazo foram ótimos, mas no médio se percebe que, no caso da convivência forçada, a técnica começa a apresentar furos. Até Sun Tzu sabe que defender é muito mais difícil que atacar: cedo ou tarde, você vai ter que lidar com o imbecil sem ter feito amizades potencialmente úteis no futuro.
Na época da faculdade, tentei ajudar as pessoas. Procurei explicar onde estava o erro e como a pessoa podia melhorar naquele aspecto. Por mais que eu fizesse isso na esperança de ser ajudado em retorno (afinal todos tem direito a dias ruins), a arrogância do imbecil prevalecia e você ganhava um inimigo. Pelo menos era um inimigo burro, mas gerava algum transtorno.
Já na vida profissional, acho que tive a melhor fase. Os imbecis passaram a ser virtuais, e incomodavam por email particular ou em listas de discussão. Os particulares podiam ser deletados e os de lista de discussão podiam ser combatidos com pseudônimos unicamente criados para essa finalidade. Era possível zoar sem ter que arcar com as consequências.
Mas a vida seguiu, e tive que mudar minha carreira. Os imbecis deixaram de ser chatos virtuais e voltaram a ter forma física. Eles passaram a vir de lados variados, mas felizmente nem todos eram de convivência forçada. Então estou usando critérios seletivos agora. Os que exigência convivência forçada acabamos deixando a falar sozinhos, contando a história no boteco depois. Os que convivência distante, passei a deletar.
Esta semana deletei um desses, pois não é caso de convivência forçada. A carga de besteiras que ele diz é tamanha que seu eu listar aqui, ele automaticamente se identificará, caso leia o texto. O sujeito, ao contrário do perfil padrão do imbecil, é muito inteligente (sério!) mas opta por deliberadamente falar asneiras sobre quase todos os assuntos. O pior é que, no processo, ele irrita e ofende o interlocutor. Para quem conhece o termo, trata-se de "virar as costas" (amigo leitor, não ache que você sabe o que é isso, a menos que saiba mesmo).
Descanse em paz, ex-amigo. Não preciso mais ter raiva das suas bobagens.