Às
6h minha câmera me acorda, apenas para eu descobrir que ainda eram 5h. O
hotel não tem café da manhã próprio, mas terceiriza tudo com o...
Waffles House.
Tá. Pelo menos descobri que existem sausages em formato de hamburguer.
Saí
do hotel rumo Talladega às 7h30. Cheguei 8h30 sem qualquer incidente,
embora estivesse um frio do cão pela manhã. Estacionei na parte gratuita
e fui retirar meu ingresso. Tudo perfeito. Na saída do escritório, vejo
um casal falando em português. Logo fizemos amizade, tiramos várias
fotos juntos. Estranhamos a pouca segurança: os dois falavam uma língua
que não era inglês e nenhuma mochila foi revistada.
Lembrei da F1. Filas, comida ruim e cara, assentos duros, nada para comprar ou fazer até a hora da corrida. Só que não. O lugar é absolutamente incrível. Arquibancadas enormes e elevadas. Montes de banheiros permanentes e químicos. Montes. Comida e lojas de souverniers
por todo lado: são caminhões que viajam junto com a categoria toda
semana. Como um circo. Os principais pilotos e equipes tem pelo menos um
caminhão com seus produtos oficiais. Alguns tinham vários.
O
clima entre as pessoas é amistoso o tempo todo. Boa vontade, educação e
respeito. O fato de se ter lugar marcado na arquibancada simplifica
tudo, gente.
Fomos direto ao Pit Lane,
onde tínhamos acesso. De lá, tirei uma infinidade de fotos. Fotografei
exatamente cada carro pelo menos uma vez. Montes de fotos do #88, meu
preferido. Foi quando me perdi do casal brasileiro. Lamento.
Entrei
atrás do muro e continuei dali. Cheguei a subir em uma das estações dos
chefes de equipes (escolhi o #43, pole position, por a equipe ter fama
de divertida). Só depois descobri que eu não tinha credencial para estar
ali.
Assisti o desfile militar e fui comer algo, pois estava perto da hora da corrida: corn dog e 2 refris.
E
então vou para o meu lugar esperar a corrida para dali a minutos.
Oração, hino. E eis que chega o momento em que o grand marshall convida a
todos a gritar "ladies and gentleman: start your engines".
O
ronco atravessa os ossos, gente. São 30500 cavalos de potência
distribuídos em 43 carros, bem na minha frente. E pra piorar bate vento
da pista para a arquibancada, trazendo o cheiro do combustível. Chorei, e
nem tentei conter, como quando estive na Disney em USA 1.
Quando os carros saem do pit lane, o chão treme. Mesmo. Eles dão algumas voltas e a ação começa.
Corridaça.
Uma bandeira amarela no começo, por motor quebrado, quebrou um pouco o
clima. Mas depois foi uma longa sessão de bandeira verde, com predomínio
dos carros #31, depois #20, depois #48 e depois #88, para delírio do
público. Aliás, os pilotos mais populares são #88, seguido de longe pelo
#24, depois, em mesmo patamar, #14, #48, #20. Os demais, juntos. No
entanto, os pilotos #18 e #2 tem média negativa. Curioso, não ?
Muitas trocas de posição e ficou interessante ver que as filas duplas ou triplas se desfaziam nos momentos próximos aos pit stops.
Não havia nenhuma estratégia especial. Na volta 80 (aprox.), o #42 bateu no #9. Não vi, mas empilhou todo mundo de novo.
O
#24 estava fazendo uma prova horrível, disputando arduamente a 33a
colocação com o #55. Vai nessa: depois da penúltima rodada de pit stops,
estava em 2o, atrás do #88. E tudo ia bem para o #88 até algo errado
(também não vi pois estava longe) acontecer no último pit stop. E ele
cair para 16o faltando 25 voltas.
E veio atrás, gente. Veio passando todo mundo.
A 15 voltas do final estava em 2o, colado no #1. Pressionou o que pode,
pois a corrida estava em fila única, e mudar de fila sem aliados
significa ser ultrapassado por todos que não te ajudaram.
Estávamos todos em pé esperando a ultrapassagem que alegraria 160 mil pessoas.
E
na última volta, um enrosco no top-5 fez a prova terminar em bandeira
amarela, uma curva antes do #88 tentar ganhar a posição. Terminou em 2o
mesmo.
De
lá fui fazer compras; agasalho, miniaturas, mais lembranças para
pessoas queridas. Saí de lá uma hora depois da prova terminar. O
congestionamento seguia até por umas 10 milhas até uma ponte de duas
pistas, pois depois dela tudo ficou livre. Ainda assim, os
congestionamentos americanos não ao anda-para (ou para-para): anda-se a
15 milhas por hora.
Voltei a Birgmingham. Fui ao Walmart fazer compras prometidas, inclusive algo que deixará um certo estagiário feliz e gordo.
Jantei salmão no Captains DP. Gostoso, mas o atendimento... Não me deram minha salada, recebi 2 garfos sem faca e um quilo de gelo no refri.
Passei em uma loja de conveniência para comprar uma breja Cool's de 720ml e cá estou, escrevendo.
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